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sábado, 29 de setembro de 2007

Simón Bolívar


Revolucionário sul-americano nascido em Caracas, no Vice-Reinado de Nova Granada, posteriormente Venezuela, que dedicou sua vida à luta contra a presença espanhola na América do Sul. Filho de família ilustre e abastada, fazendeiros de origem espanhola, tornou-se órfão aos nove anos e foi entregue a um tio, Carlos Palácios, e aos cuidados maternais de uma negra, Hipólita, a quem dedicou afeição filial. Foi educado sob os cuidados de Simón Carreño Rodríguez (1771-1854), pedagogo revolucionário, que lhe infundiu o amor à liberdade. Viajou para a Espanha (1799), para completar seus estudos. Após visitar México, Havana e Paris, chegou a Madri, onde casou-se (1801) com uma nobre, Maria Teresa del Toro y Alaysa, que infelizmente morreu em Caracas, um ano depois. Iniciou (1804) nova viagem pelos Estados Unidos e Europa e, em Paris, assistiu à coroação de Napoleão I, e aproximou-se das doutrinas de Rousseau, Montesquieu e Voltaire, e conheceu Alexander von Humboldt.

Ao retornar à Venezuela (1807), já consciente da inevitável luta pela independência das colônias espanholas, participou de reuniões secretas em residências de famílias tradicionais que eram favoráveis a esses movimentos. Teve participação ativa na formação da Junta Suprema de Caracas (1810) e foi nomeado coronel de milícias. Viajou a Londres em missão diplomática, com a finalidade de conseguir fundos e ajuda para a revolução, mas não teve êxito, porém encontrou e voltou acompanhado de Francisco Miranda, chefe de uma anterior e malograda tentativa revolucionária (1806). Após o Congresso Nacional declarar a independência da Venezuela (1811), Miranda foi nomeado generalíssimo e ele encarregado da defesa da posição estratégica de Puerto Cabello.

Traído de um oficial, as forças espanholas prenderam Miranda (1812) e ele refugiou-se em Caracas, onde conseguiu um salvo-conduto para Curaçao. alguns meses após chegou com outros companheiros a Cartagena, em Nova Granada, a atual Colômbia, e publicou o documento conhecido como Manifesto de Cartagena, no qual pregava a união dos revolucionários, condenava as debilidades do federalismo e pedia o fim do poder espanhol na Venezuela. O governo republicano de Cartagena o encarregou (1813) de comandar uma expedição militar à Venezuela. Inicialmente vitorioso recebeu o título de Libertador, porém, alguns meses, setores do clero unidas às classes mais baixas da população índia e mestiça, derrubaram o governo republicano, obrigando-o a se refugiar na Jamaica, onde redigiu a Carta de Jamaica, reafirmando sua confiança na causa da emancipação dos povos americanos. Tentou uma aproximação com os ingleses, que não lhe deram ouvidos.

Após nova tentativa que contou com o apoio material do presidente do Haiti, Alexandre Petion, foi derrotado novamente (1816), refugiando-se agora no Haiti. Nova campanha libertadora foi iniciada pela região do Orenoco, desta vez com o apoio dos llaneros, guerrilheiros sob o comando de José Antonio Páez, e milhares de legionários europeus enviados em seu auxílio. Reunidos em Angostura (1819), com os deputados das províncias venezuelanas, expôs seu plano político, depois de converter a cidade em sede do governo e capital provisória da república. Apresentou um projeto de constituição onde propunha a criação de um grande estado, mediante a união da Venezuela, Nova Granada e Quito, o hoje Equador, sob o nome de Grande Colômbia. Nos três anos seguintes obteve sucessivas vitórias, atravessou os Andes, conseguiu o triunfo decisivo em Boyacá (1819), e três dias depois entrou vitorioso em Bogotá.

Em dezembro do mesmo ano, o Congresso de Angostura aprovou a criação da República da Colômbia, da qual o Libertador foi nomeado presidente. Firmou o armistício de seis meses (1820), em Santa Ana, com o general espanhol Pablo Morillo. As hostilidades recomeçaram no ano seguinte, mas os realistas foram derrotados definitivamente na batalha de Carabobo (1821), o que pôs fim ao domínio espanhol na Venezuela. O Congresso promulgou a constituição definitiva da Colômbia e ratificou a presidência do herói. Em maio do ano seguinte, depois das batalhas de Bomboná e Pichincha, Quito capitulou e o território equatoriano foi integrado ao da república colombiana. Em 26 de julho, ele e o general José de San Martín reuniram-se em Guayaquil, para decidir o destino do Peru, onde ainda havia tropas espanholas. O seu ponto de vista prevaleceu e o chefe argentino renunciou a qualquer pretensão sobre o Peru.

As vitórias de Junín (1824) e de Ayacucho (1824), esta última comandada por Antonio José de Sucre, seu lugar-tenente, terminaram definitivamente com o poderio espanhol no continente sul-americano. Embora o congresso para promover a união das repúblicas hispano-americanas realizado no Panamá (1826), seu último ideal, tenha fracassado, o herói chegara ao ponto culminante de seu poder: era presidente da Colômbia, chefe supremo do Peru e presidente da Bolívia. Todavia, as aspirações regionalistas não tardaram a promover a desagregação da grande nação idealizada e, progressivamente, a situação tornou-se insustentável.

Foi obrigado a renunciar à presidência vitalícia do Peru (1828), a Bolívia se tornou independente (1829) e, pouco depois, a Venezuela se separou da Grande Colômbia. Com o assassinato de Sucre (1830), a saúde minada pela tuberculose, sem recursos e sem apoio político, foi acolhido por seu amigo espanhol Joaquín de Mier, na quinta de São Pedro Alexandrino, perto de Santa Marta, Colômbia, onde morreu em 17 de dezembro (1830), após 47 anos de vida. Seu corpo foi trasladado por Páez para Caracas, onde repousa no Panteão Nacional.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Religião


Historicamente o catolicismo romano é a religião mais importante na Venezuela, situação que se mantém, uma vez que 96% da população identifica-se pelo menos nominalmente com esta denominação. A liberdade religiosa está consagrada na constituição da Venezuela, sendo o país tolerante face a outras religiões. A seguir ao catolicismo, destacam-se várias igrejas protestantes (2%) e pequenos grupos de judeus (sobretudo em Caracas e Maracaibo) e muçulmanos. Alguns índios ainda praticam as suas religiões ancentrais.
À semelhança do que acontece em outros países da América Latina praticam-se na Venezuela cultos que são uma fusão de elementos das religiões indígenas, da religião dos descendentes dos escravos africanos e do catolicismo, como o culto de María Lionza.

Economia


A economia da Venezuela passou, depois da Primeira Guerra Mundial, de uma economia essencialmente agrícola para uma economia centrada na produção e exportação de petróleo. É esta a atividade que continua a dominar, sendo responsável por cerca de um terço do PIB, por cerca de 80% das receitas de exportação e por mais de metade do financiamento da administração pública. Os responsáveis venezuelanos estimam que o PIB cresceu 2.7% em 2001. Uma forte subida nos preços internacionais de petróleo alimentou a economia, depois da grave recessão de 1999. A Venezuela participa também da OPEP.
Apesar disso, um setor não petrolífero relativamente fraco e fugas de capital e uma queda temporária nos preços do petróleo - prejudicaram a recuperação. No início de 2002, o governo alterou o regime de taxas de juro de um regime indexado para um sistema de flutuação livre, o que fez com que o bolívar desvalorizasse significativamente.
O Presidente Chavez começou em 2003 a canalizar os proventos do petróleo obtidos pela companhia estatal PDVSA para financiar programas sociais. Os opositores da medida afirmam que ela vai minar o estatuto de independência dos bancos e da companhia petrolífera, e que é uma clara tentativa de aumentar o seu apoio público.

História


Antes da chegada dos europeus, a Venezuela era habitada por vários povos dos quais se destacam os índios Caribes, os Aruaques e os Cumanagatos.
Em 1498 Cristóvão Colombo chegou à costa da Venezuela durante a sua terceira viagem ao continente americano. A colonização espanhola iniciou-se em 1520, incidindo nas ilhas e na região costeira. Em 1567 foi fundada a cidade de Caracas, que se tornaria o centro mais importante da região.
O território que é hoje a Venezuela esteve dividido entre o Vice-Reinado do Peru e Audiência de Santo Domingo até ao estabelecimento do Vice-Reinado de Granada em 1717. Em 1776 a Venezuela tornou-se uma capitania-geral do Império Espanhol.
Em 1809 ocorreu a primeira insurreição independentista encabeçada pelo general Francisco de Miranda. A independência foi proclamada em 5 de Julho de 1811, mas Miranda foi preso e foram necessários dez anos de luta contra as forças espanholas até a decisiva Batalha de Carabobo (1821). A Venezuela integrou então a República da Grande Colômbia, junto com a Colômbia, Equador e Panamá. Após a morte de Simón Bolívar, o grande herói da independência, a Venezuela retirou-se da Grande Colômbia.
Entre 1830 e 1848 o país foi governado por uma oligarquia conservadora até passar para a mão dos ditadores Monagas (1848-1858). A revolução de 1858 encabeçada por Julián Castro conduziu o país a um período de instabilidade, agravado pela guerra civil entre conservadores e liberais que se desenvolveu entre 1866 e 1870, após a introdução no país de uma constituição federalista (1864).
De 1870 a 1888 o liberal Antonio Guzmán Blanco governou a Venezuela de forma autoritária, exercendo uma política de obras públicas, de luta contra o analfabetismo e contra a influência da Igreja Católica. Ao seu governo sucederam-se períodos de pequenas ditaduras militares. Cipriano Castro apoderou-se da presidência em 1899 e pôs em prática uma política externa agressiva que provocou em 1902 o bloqueio e ataque dos portos da Venezuela pela Inglaterra, Alemanha e Itália.
Em 1908 Castro foi deposto por Juan Vicente Gómez, ditador durante os vinte e sete anos seguintes. Foi durante o seu governo, em 1922, que se iniciou a exploração das jazidas de petróleo da Venezuela.
Em 1945, após a queda da ditadura do general Isaías Medina Angarita, Rómulo Betancourt, fundador do partido Acción Democrática, tornou-se presidente provisório até as eleições livres de finais de 1947 que levaram o escritor Rómulo Gallegos à presidência. Uma revolta militar retirou-o do poder; em 1953 instalou-se a ditadura de Pérez Jiménez, que durou até 1958, ano em que foi restabelecida a democracia.


VENEZUELA

A Venezuela (nome oficial: República Bolivariana de Venezuela) é um Estado federal sul-americano, limitado ao norte pelo Mar do Caribe, a leste pelo Oceano Atlântico e pela Guiana, ao sul pelo Brasil e ao oeste pela Colômbia. Sua capital é a cidade de Caracas. O Estado venezuelano é uma república federal presidencialista. É membro do Pacto Andino e, em 9 de dezembro de 2005, protocolou seu pedido de adesão ao Mercosul, formalizada em 4 de julho de 2006, em Caracas, apesar de que em 30 de Junho de 2007, Chávez disse que estava desistindo de ser membro pleno do bloco.